Ontem, no metro
«Ontem, no metro, acabei uma peça de Ibsen. O final, segundo me recordo, é o seguinte: após a partida do filho com a amante, o pai louco e a tia doente passeiam pela neve. O pai morre. Aparece a mãe, e troca umas palavras com a tia - sua irmã -, que não deixem dúvidas no espectador quanto à evolução positiva da personagem, desde o início ao final da peça. A tia está radiante, ao perceber que a irmã aprendeu com o seu triste fado, e deixou de ser a mulher dura e fria que sempre fora. Abraçam-se. Escuridão. Parece que acabou, mas ainda não; do céu surge uma luz intensa. A batida começa, vinda do telemóvel da rapariga sentada à minha frente. As irmãs gémeas dançam um kizomba final, naquele bosque norueguês coberto de neve.» - Tio Vânia, o blogue.
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