O dia seguinte
No tempo em que o Porto subia aos relvados para espalhar a palavra «Revigrés» e o Futre era a nossa maçã podre surripiada ao Sporting, eu seguia o jogo de futebol - também conhecido em certos meios artísticos por: «a bola» - com bastante mais entusiasmo do que hoje, apesar de não o compreender tão bem (era puto). Quer isto dizer que o conhecimento profundo das coisas mata o entusiasmo? Nada disso. O entusiasmo, nessa forma tão verde, como filho primogénito da descoberta, vai desaparecendo de qualquer maneira, quer tenhamos ou não o trabalho e o prazer de prolongar a nossa atenção, pelo que a sabedoria (entendida aqui como «cavar mais fundo, sujando as mãos e deixando o cabelo num rico estado») nos permite manter por perto, e com boas cores, as nossas paixões. Uma tarefa nobre, a meu ver.
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