<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d1683737356227611907\x26blogName\x3drulote\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://rulote.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://rulote.blogspot.com/\x26vt\x3d3129455334012998656', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe", messageHandlersFilter: gapi.iframes.CROSS_ORIGIN_IFRAMES_FILTER, messageHandlers: { 'blogger-ping': function() {} } }); } }); </script>

≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 28.2.11

Winona Ryder

Nos dias que correm, faço várias viagens de carro por semana. Quando não tenho companhia, aproveito o tempo para ouvir música boa, péssima e assim-assim. Também me divirto muito com os comentários do João Rosado na TSF (para quem não sabe, o João Rosado é uma pessoa que, entre outras acrobacias, em vez de dizer: «como costuma fazer o gordo do Vukcevic», prefere intoxicar os ouvintes com a expressão: «como é apanágio do montenegrino».) Há uns tempos, na rádio, houve uma canção que me chamou a atenção por causa de um fragmento da letra. Vim a saber mais tarde que essa canção se chama «Sigourney Weaver» e foi inventada por John Grant (um cantor americano, pelos vistos, quando tudo apontava para uma marca de uísque escocês.) A letra reza assim:

I feel just like Winona Ryder / In that movie about vampires / And she couldn't get that accent right / Neither could that other guy

Não faltam exemplos de letras de música que apostam em elementos incrivelmente precisos - nomes de pessoas, cidades, estado do tempo (quase sempre chuva), datas, vestidos, cabelos, pernocas, janelas - para descrever episódios um pouco vagos ou sentimentos impossíveis de definir sem uns bons ziguezagues pela vida concreta. Acaba por ser mais fácil e justo falar do amor ou do medo, por exemplo, recorrendo a nomes de pessoas, cidades, estado do tempo (quase sempre chuva), datas, vestidos, cabelos, pernocas e janelas, do que optando por versos etéreos, a mil pés de altitude, sem ligação ao desgraçado mundo em que nos movemos. Ninguém com dois palmos de testa e um de coração pode duvidar disto. Bastante menos frequente é encontrar uma letra que, propositadamente e com algum brilhantismo, utiliza a imprecisão para comunicar sentimentos muito peculiares e raros, mas tenho quase a certeza que um homem que começa uma estrofe escrevendo «I feel just like Winona Ryder» pretende comunicar-nos algo bastante peculiar e raro. Ora então, you feel «just like Winona Ryder»; tudo bem, mas quando e onde?: «In that movie about vampires». Ah bom, that movie. Não vamos entrar em pormenores, livra. Isto é para quem conhece muito e já não sabe nada. Estamos em plena conversa de café e deve ser bem tarde. «And she couldn't get that accent right», lembras-te? Qual sotaque? That accent. Por amor de deus, era o que faltava, encharcar isto de detalhes. Em todo o caso, ficas a saber: «neither could that other guy». Havia um tipo também? Quem? O outro. Aquele gajo. Ui, sim, sim, estou a ver, ele entrava no coiso, gostei tanto desse filme.

0 Comments:

Enviar um comentário

<< Home