Duelo a três
Na próxima quarta-feira, na Poloniucrânia, a equipa portuguesa (formada por 11 jogadores e 12 penteados) irá defrontar, em simultâneo, duas equipas: a selecção espanhola (que reúne 4 jogadores torturados tacticamente por José Mourinho, um jogador que poderia ali não estar, mais as duas pernas do emigrante Silva) e a selecção catalã (constituída por 5 jogadores que nunca na vida pronunciaram a palavra "Espanha" na presença das suas sagradas famílias). A distribuição do tempo de posse de bola será a seguinte: Portugal 31%, Espanha 12%, Catalunha 57%. Faça chuva ou faça sol, às 19:45 GMT do dia 27 de Junho de 2012, milhões de pessoas apaixonadas pelo jogo e gente que em princípio não mas que nestas alturas, sim senhora, vamos lá, encontrar-se-ão em cafés, bares, ruas, esplanadas e assoalhadas várias, com o intuito de assistir ao embate entre uma equipa (Portugal) que não tem nem nunca teve ponta-de-lança, e outra equipa (selecção catalã) cuja missão na Terra consiste em utilizar todas as geometrias disponíveis no futebol sem balizas, até que a população mundial entenda como é mal gasto o dinheiro que os clubes e federações desviam para pagar os salários e prémios dos ponta-de-lança, uma quantia que poderia muito bem ser convertida em bombinhas de mau cheiro lançadas sobre a Praça Cibeles. Podemos assim dizer que, apesar da rivalidade, a selecção catalã construiu, ao longo dos últimos anos, o corpo teórico que justifica e valida a existência da selecção portuguesa, como se nos tikitassem a todo o instante: "Nelsón Oliveira ou Hugo Almeida? Não se preocupem com isso." Já a selecção espanhola subirá ao relvado apenas para assegurar a módica parcela de faltas desnecessárias que serão necessárias para nos levar à vitória efectiva ou moral.
1 Comments:
A vitória moral será da Academia do Sporting.
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