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≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 27.10.10

Not nit not

A palavra génio deve ser usada com parcimónia. Robert Wyatt é um génio. E, note-se, um génio que sobreviveu, com impecável destreza, a uma queda de um terceiro andar e a anos de convívio com alguns terroristas do rock progressivo. Mesmo incorporando nas suas músicas um punhado de versos que o jornal «Avante!» não desdenharia acarinhar, fosse o inglês a língua de outro império, Robert Wyatt nunca carloscarvalhizou o seu discurso musical. Juro que isto me deixa meio zonzo de espanto.  Como se não bastasse, o vídeo para onde este link vos empurra é bem capaz de ser o verdadeiro coração da internet. Gosto imenso de canções de amor em que nem metade da letra se percebe. Não sei, sinto-as mais próximas da realidade.

O dia seguinte

No tempo em que o Porto subia aos relvados para espalhar a palavra «Revigrés» e o Futre era a nossa maçã podre surripiada ao Sporting, eu seguia o jogo de futebol - também conhecido em certos meios artísticos por: «a bola» - com bastante mais entusiasmo do que hoje, apesar de não o compreender tão bem (era puto). Quer isto dizer que o conhecimento profundo das coisas mata o entusiasmo? Nada disso. O entusiasmo, nessa forma tão verde, como filho primogénito da descoberta, vai desaparecendo de qualquer maneira, quer tenhamos ou não o trabalho e o prazer de prolongar a nossa atenção, pelo que a sabedoria (entendida aqui como «cavar mais fundo, sujando as mãos e deixando o cabelo num rico estado») nos permite manter por perto, e com boas cores, as nossas paixões. Uma tarefa nobre, a meu ver.

≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 15.10.10

Monday Newsnight

Quem diz Monday, diz Wednesday.

≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 5.10.10

Fruteira

Apesar de ter desrespeitado as indicações soberanas do nosso Excelentíssimo Presidente da aniversariante República, abalando para províncias de Espanha durante o último querido mês de Agosto, tenho vindo a acumular inúmeros pontos no meu Patriot Card, na esperança de poder convertê-los em Galos de Barcelos com molho picante e batatas fritas, assim que a fome me apertar numa estação de serviço da A1. Nas últimas semanas, por exemplo, para além de José Sócrates me ter amavelmente inscrito no grupo de escuteiros que vai ajudar a despesa pública a atravessar a rua, li também, sem coacção de nenhuma espécie, dois livros de autores portugueses: um romance da Agustina Bessa-Luís («Concerto dos Flamengos») e uma novela do Mário Zambujal («Histórias do Fim da Rua»). Não pode haver autores mais distintos na hora de dar espessura e altura às personagens. Enquanto Agustina Bessa-Luís prefere apresentar-nos as madames e os fidalgos de linhagem que a sua ilustre cabeça inventa através de uma média de cinco aforismos por minuto (muito acima dos valores praticados pelo cidadão espirituoso mais comum), Mário Zambujal confia no poder absoluto de um único mas revelador e rocambolesco episódio, submetendo as personagens a provações que  tanto podem envolver duas estrangeiras desinibidas, como um Portugal-Suiça em juniores ou um incêndio inconveniente para quem se vê de calças adúlteras na mão. São dois escritores muito distintos (é certo) mas ambos com uma indiscutível atracção por fruta com bicho:

«a má qualidade numa mulher é sinal positivo e aumenta a possibilidade de ela ser saborosa como a fruta bichada» - Concerto dos Flamengos, Agustina Bessa-Luís

«Esperássemos mais dois mesitos, e não bastava a tristeza de assistirmos à razia, buldozers sem coração escanecando a rua; teríamos também de presenciar – começa aqui a parte confidencial, atenção – o azedo rompimento entre dona Nídia e o doutor Sérgio, que se descasaram, como era óbvio (fruta bichosa não adianta metê-la em calda) […]» - Histórias do fim da rua, Mário Zambujal

≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 1.10.10

Outurbo

O tempo, esse falso lento.