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≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 22.6.11

Noir

Uma grande música e um vídeo magnífico. O melhor de dois mundos em cinco minutos, como se fôssemos estudar filosofia para Paris e treinar uma equipa de futebol em Londres.

≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 20.6.11

Estendal

Gosto muito desta frase e só não explico porquê para não estragar este vosso momento de leitura:

«Ter firmeza de carácter é ter sentido os efeitos dos outros sobre si próprio; portanto, os outros fazem falta.» - Stendhal

≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 18.6.11

Caps Lock

«Escapa-me como é que pudemos ter lido Os Maias (..) sem perdermos um segundo a perceber porque é que algumas daquelas passagens são mesmo grande literatura, sem as lermos em voz alta, porque para aprender a gostar de literatura, é preciso ler em voz alta.»

Isto é um excerto de um artigo do Pedro Lomba, no Público da passada quinta-feira, que eu, tal como vocês, li muito caladinho enquanto bebia o café da manhã. Parece-me indiscutível que o ensino da literatura (bem como da ciência, das línguas estrangeiras, das artes e do desporto, embora ninguém se preocupe realmente com esta última dimensão da aprendizagem) está repleto de deficiências e de imperfeições de tal ordem que chega a ser surpreendente - e maravilhoso - que alguém sobreviva à escolaridade obrigatória com genuína vontade de ler, pensar e correr. Também não tenho nada contra a ideia de substituir, nas salas de aula deste magnífico país em construção, a maior parte das curvas e contracurvas da análise de texto pela simples leitura de passagens breves, capítulos, ou até de obras integrais de autores de preferência mortos (não estou a exagerar no leque de possibilidades: aos 11 anos fui aluno de uma professora que, durante todo o período lectivo, usou muito bem a primeira parte das aulas de duas horas para nos ler, aos pedaços, um livro inteiro, perante o nosso ora atento ora distraído semi-silêncio). Mas, e aqui é que a porca torce o rabo, hei-de sempre combater, com todas as minhas forças (descansem, não são muitas), esta doutrina pomposa de que «para aprender a gostar de literatura, é preciso ler em voz alta.» Haverá, certamente, quem se tenha aproximado da literatura, com empolgamento e fascínio, por ter lido ou ouvido alguém ler em voz alta (apesar de eu não conhecer nenhum caso), mas o mais provável é que esse gosto tenha nascido por contágio, de maneiras mais subtis e silenciosas. Embora não tenha grandes certezas neste assunto, apostaria sem nenhuma reserva, com o Pedro Lomba e demais seguidores fundamentalistas da corrente João Villaret da pedagogia, que não é preciso - não é mesmo - ler em voz alta, para aprender a gostar de literatura.

≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 12.6.11

Vidas Boas

A primeira conclusão a tirar desta última época de glória da equipa de futebol do Porto, tendo resultado do trabalho e divertimento de um treinador jovem, quase inexperiente, sem distância emocional ao clube, nem passado como jogador profissional de alto nível, é que uma das minhas mais antigas e repetidas teorias sobre o jogo sai agora reforçada: eu é que seria um óptimo treinador do Porto. Depois do que se passou em 2010/2011, vai ser muito difícil convencerem-me do contrário e, portanto, escusam de tentar. As pessoas que tantas vezes me disseram: «Daniel, tu és demasiado novo, quase inexperiente, não tens distância emocional ao clube, nem passado como jogador profissional de alto nível», vão ter de esconder na areia esses argumentos, pagar-me dez francezinhas com batata, comprar-me lenha para o inverno e rezar uma centena de ave-marias em castelhano da Colômbia, para que eu, um dia, em 2035, se estiver bom tempo e eu para aí virado, lhes venha a perdoar a prova de desconfiança. Além do mais, a dividir por todos numa vaquinha, em meados da década de 90, o condomínio do prédio de Bobby Robson, na Foz, não teria ficado nada caro, e juro que também eu teria enviado o Tomás Costa para a América latina à primeira oportunidade. Estas coisas magoam. 

Em todo o caso, não vá alguém acusar-me de ingratidão e falta de chá, gostava de dar os parabéns a André Villas-Boas, o meu futuro antecessor.