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≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 30.6.12

Paolo

Paulo Bento tem-tem, obviamente, um punhado nada desprezável de virtudes como-como treinador de futebol, mas eu acho bem mais fascinantes as suas casmurrices, a incapacidade de lidar com o mais pequeno vestígio de desordem, aquela vontade de asfaltar os campos e abater os animais selvagens, de forma que possamos, em sua companhia, atravessar o mundo sem-sem sobressaltos de maior, aprisionando a fúria nos músculos da face e nas covas dos olhos, e descobrindo, dentro da alma que nos resta, a nossa chama tranquila, o nosso próprio Sporting Clube de Portugal interior.

Como se sabe, por mais que encomende Drogbas ao criador do céu e da terra, todos os caminhos profissionais de Bento vão desembocar em Hélder Postiga. Se a Roma chegassem:

- Buona sera, Paolo Bento. Una questione: Cassano sarà presente a Euro 2012?
- Come spettatore, si.
- Balotelli...
- Spettatore.


≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 25.6.12

Duelo a três

Na próxima quarta-feira, na Poloniucrânia, a equipa portuguesa (formada por 11 jogadores e 12 penteados) irá defrontar, em simultâneo, duas equipas: a selecção espanhola (que reúne 4 jogadores torturados tacticamente por José Mourinho, um jogador que poderia ali não estar, mais as duas pernas do emigrante Silva) e a selecção catalã (constituída por 5 jogadores que nunca na vida pronunciaram a palavra "Espanha" na presença das suas sagradas famílias). A distribuição do tempo de posse de bola será a seguinte: Portugal 31%, Espanha 12%, Catalunha 57%. Faça chuva ou faça sol, às 19:45 GMT do dia 27 de Junho de 2012, milhões de pessoas apaixonadas pelo jogo e gente que em princípio não mas que nestas alturas, sim senhora, vamos lá, encontrar-se-ão em cafés, bares, ruas, esplanadas e assoalhadas várias, com o intuito de assistir ao embate entre uma equipa (Portugal) que não tem nem nunca teve ponta-de-lança, e outra equipa (selecção catalã) cuja missão na Terra consiste em utilizar todas as geometrias disponíveis no futebol sem balizas, até que a população mundial entenda como é mal gasto o dinheiro que os clubes e federações desviam para pagar os salários e prémios dos ponta-de-lança, uma quantia que poderia muito bem ser convertida em bombinhas de mau cheiro lançadas sobre a Praça Cibeles. Podemos assim dizer que, apesar da rivalidade, a selecção catalã construiu, ao longo dos últimos anos, o corpo teórico que justifica e valida a existência da selecção portuguesa, como se nos tikitassem a todo o instante: "Nelsón Oliveira ou Hugo Almeida? Não se preocupem com isso." Já a selecção espanhola subirá ao relvado apenas para assegurar a módica parcela de faltas desnecessárias que serão necessárias para nos levar à vitória efectiva ou moral.

≡≡≡≡≡≡≡≡≡≡ 21.6.12

A Checa de Cech

No último episódio da Checa:

"A bola não quis entrar". Uma expressão que tanto pode remeter para os sempre presentes desejos de antropomorfização de objectos inanimados, ou para conceitos filosóficos mais obscuros, como o "véu da percepção", em que só iluminados conseguem observar o que está para além dos nossos olhos. Sendo assim, os lacaios do "melhor jogador do mundo" são uns potenciais Disney e/ou Descartes. Ontem, especialmente durante o vendaval ofensivo polaco dos primeiros 20 minutos, a "bola não quis entrar" na baliza checoslovaca; e, como diria o escudeiro Sancho Pança, "quem não marca nos primeiros vinte minutos de vendaval de futebol ofensivo, arrisca-se a sofrer golo de um sujeito que bem poderia estar numa banda de death metal". 



A Dark Poborsky funcionaria, acho eu, como um óptimo nome para uma banda de death metal. Esperemos que não se transforme num insuperável título para os jornais de amanhã. Mas, nestas coisas (são mesmo estas e não outras), já se sabe: às vezes "a bola não quer entrar" e convém não subestimar a nossa capacidade técnica de tropeçar reiteradamente na mesma história, embora reconheça que, depois de termos sobrevivido ao grupo da morte, seria quase uma tragédia quinarmos assim, nos quartos-de-final da vida.